09 março 2007

Passeio Cultural Aljezur | 17 e 18 de Março

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21 novembro 2006

COMO FOI > Palestra "Alimentação Macrobiótica"

Decorreu, no passado dia 11 de Novembro, a palestra sobre Alimentação Macrobiótica, no Museu do Trajo de S. Brás de Alportel.
Ao longo de aproximadamente 2 horas, o palestrante convidado, Jacinto Vieira, apresentou alguns dos fundamentos desta dieta alimentar, que, não um fim mas sim um meio, constitui um caminho para um modo de vida mais saudável. Mais do que uma alimentação, a Macrobiótica representa uma filosofia de vida, composta, entre outras coisas, por um estilo de vida mais dinâmico, e com maior proximidade da Natureza.
Após este evento, os cerca de 20 participantes ficaram mais esclarecidos quanto às práticas alimentares do regime Macrobiótico, abrindo novos horizontes em termos de opções alimentares.
Ao Museu do Trajo de S. Brás de Alportel e a Jacinto Vieira, a Al-Portel deseja expressar o seu agradecimento.


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13 outubro 2006

4º Aniversário da Al-Portel


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12 outubro 2006

ARTIGO > Que Ordenamento e Planeamento?

O (longínquo) ano de 2004 foi anunciado pela Câmara Municipal de S. Brás de Alportel como um período de forte aposta na área do Ordenamento do Território.
Tal aposta afigurou-se como um gesto de bom-senso. No entanto, importa que o bom-senso transpareça das ideias para os actos, algo que, mesmo dois anos depois, tarda em suceder. Assim sendo, há questões que se mantêm: Como? Que ordenamento é este? Quais as suas consequências para a população do Concelho e para a sua estrutura?
Importa desde já reflectir sobre o fundamento do Ordenamento do Território: estratégia. Estratégia de desenvolvimento apoiada no aproveitamento dos recursos e valores naturais da região, através de um equilíbrio coerente entre interesses e valores económicos e o correcto funcionamento dos sistemas naturais, de forma sustentável. Esta estratégia já estará seguramente delineada, mas a sua expressão visível é, no mínimo, confusa. E é confusa porque apenas se houve falar de projectos e planos de intervenção urbanos, seja em S. Brás de Alportel ou no Alportel, ou em qualquer outro aglomerado do Concelho. E o resto? Que estratégia de aproveitamento para o tecido agrícola de S. Brás de Alportel, para os seus sistemas naturais, para a Rede Natura 2000, esse património comum de incalculável valor (não apenas natural mas também económico, desde que alcançado através de modelos de exploração sustentáveis e compatíveis com a filosofia desta figura de protecção), que o nosso Concelho possui em abundância? Parece um pouco aquela ideia saloia de que “Portugal é Lisboa, o resto é paisagem” adaptada a uma escala regional.
O desenvolvimento de S. Brás de Alportel não pode continuar como até hoje, desequilibrado entre o urbano e o “rural”, por assim dizer. Uma autarquia que luta (e muito bem) pelo combate à desertificação do interior algarvio não se pode esquecer de aplicar essa filosofia a nível interno. O custo de vida nas cidades cresce continuamente devido ao seu afastamento dos sistemas produtivos. S. Brás de Alportel, uma vila em franco crescimento (mas não desenvolvimento) deve aprender com os erros alheios, não os repetindo. O desenvolvimento obtém-se através do equilíbrio sustentável entre “campo” e “cidade”.
E, já agora, que “cidade” queremos para S. Brás de Alportel? A pequena vila de imagem e ambiente agradável e forte ligação ao meio rural (uma imagem de marca bem mais conhecida do que à partida seria de esperar) vai hoje dando lugar a um vulgar amontoado de edifícios, incaracterísticos, que tanto podem ser encontrados aqui como em qualquer outro ponto do país. Urbanismo não é a arte de justapor edifícios, pressupõe algo mais que vai faltando nas novas áreas de expansão de S. Brás de Alportel. Os modelos de urbanização têm razão de ser no contexto que os origina. A sua aplicação da mesma forma que se põem selos em cartas não é boa política. É certo que a evolução é fundamental e positiva (não se faz aqui a apologia de um saudosismo bucólico fundamentalista), mas de forma reflectida e coerente. O Plano Director Municipal de S. Brás, aprovado em 1995, cessou já o seu normal período de vigência (10 anos). E no entanto, ainda não se ouvem novas da sua revisão. Parece-se ter falhado a atempada preparação desta revisão, com o envolvimento de todos os interessados, de forma a alcançar um modelo e, fundamentalmente, uma estratégia de desenvolvimento que faça de S. Brás de Alportel um exemplo a nível regional e, quem sabe, nacional, em termos de aproveitamento sustentável dos recursos endógenos de um Concelho. Pede-se então que, ao menos, se faça a revisão em tempo útil.
É que mais vale prevenir do que remediar, porque há males que não vêm por bem…

Gonçalo Gomes

COMO FOI > Passeio ao Vale das Mealhas

No passado dia 24 de Setembro cerca de 35 pessoas juntaram-se para mais um passeio pedestre da Al-Portel. Com a 'missão' de desvendar os mistérios de São Brás de Alportel os participantes encaminharam-se para o Vale das Mealhas, local de valor inegável não só ambiental mas também patrimonial.
De facto, todo este vale constituí uma arqueo-paisagem com ocupação humana desde tempos pré-históricos. Vários vestígios arqueologicos foram aqui encontrados, dos quais salientamos a Várzea do Moirato (controversa quanto à sua localização dentro do Vae) e o troço de Calçada que existe no Bengado, possível secção da Calçada que em tempos de domínio romano ligaria Tavira a Loulé.
Também em termos paisagísticos e ambientais este Vale é muito interessante. Zona de transição entre o Barrocal e a Serra, de imediato é percecptível a diferença do solo face a outros locais de São Brás de Alportel. Solo argiloso quanto baste, esta zona (que se estende até Sta. Catarina da Fonte do Bispo) é também conhecida pela sua produção de cerâmica (telhas, ladrilhos) que abasteciam a região circundante. A água representa aqui um valor de máxima importância. Efectivamente as características geológicas permitem que as águas se acumulem neste vale, não só pelo relevo acentuado a norte, mas também pela existência de cavidades no subsolo.
A conjugação destes factores favoreceu a ocupação humana. A existência de água, as características do solo e a morfologia do terreno beneficiaram a práctica de actividades agrícolas ao longo dos tempos. Além dos vestígios arqueológicos ja referidos, esta ocupação é perceptível pelas inúmeras construções relacionadas com a captação de água do subsolo, nomeadamente noras e tanques. Mais perto do sítio do Bengado, encontra-se uma ruína do que foi um casal agrícola, na qual ainda se percebe as várias divisões e anexos da casa de habitação.
Foi desvendando estes mistérios que se chegou à Fonte da Bica, local ideal para saciar a sede, não fosse o senão de estar interdita por não reunir as condições mínimas para ser consumida. Certamente uma situação a rever se queremos que o nosso concelho proporcione uma oferta de melhor qualidade aos turistas, não só os do estrangeiro mas também aos 'turistas' do nosso concelho.
Desta forma terminou o nosso passeio, que também assinalou o Dia Mundial do Coração numa parceria com a Confederação Portuguesa das Colectividades de Cultura, Recreio e Desporto, através da Campanha 'AGITA Portugal - Pela sua saúde mexa-se'.

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